Em entrevista para a Agro Centro-Oeste Familiar 2013, líderes da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar – GO (FETRAF) defenderam a Economia solidária. Para Antônio Pereira Chagas, secretário de Formação e Finanças da Entidade, "o campo só vai avançar no dia em que nós distribuirmos as terras. Não vou dizer acabar com o latifúndio, [mas que] aquele e aquela que trabalha no campo seja administrador [do seu pedaço de terra]".
A FETRAF acredita que a Economia Solidária seria uma importante forma de se "Fixar a mulher e o homem no campo". As políticas públicas voltadas para a Agricultura Familiar devem priorizar a organização de uma produção agrícola saudável e que pense na preservação do meio ambiente; a preservação da família e a luta para acabar com a exploração da mulher campestre; e ações para que a juventude possa se desenvolver e ter seu espaço na sociedade.
O Coordenador Geral da FETRAF em Goiás, Lázaro de Souza Bento afirmou que "O campo é uma alternativa. Uma grande alternativa que se tem" também para as cidades. Hoje 70% dos alimentos consumidos no país são provenientes da Agricultura Familiar. Entretanto, para ele, ainda não há uma valorização dos homens e das mulheres que vivem da terra. Há ainda um privilégio do agronegócio nas políticas públicas voltadas para o campo. “Os que mais precisam são os que menos têm acesso”, afirmou o líder sindical.
A Agro Centro-Oeste acredita que as políticas para os agricultores familiares devem ser o foco das ações do poder público. Neste sentido, precisam ser priorizadas ações em educação, saúde e voltadas para o desenvolvimento econômico das diversas zonas de produção agrícola do país.
Felipe Homsi/ Ascom Agro Centro-Oeste