Texto e fotos por Cristiane Santiago
Há três anos, Genecy de Assis da Silva, do assentamento Dom Fernando Gomes, em Itaberaí, descobriu que a fabricação de farinha, polvilho e doces poderia ser uma grande alternativa para ter mais lucro com o trabalho no campo. Isso porque o leite, a mandioca e as frutas usadas para a fabricação desses produtos não seriam problema, pois estavam à disposição no próprio quintal.
“Hoje eu e meu filho vivemos da venda dos doces, da farinha, do polvilho e da entrega do leite in natura, ganhamos até R$ 2 mil por mês”, conta Genecy, que comprou carro próprio e sonha em montar uma fábrica de farinha na parcela em que vive para atender supermercados da capital e do interior.
Um pouco mais da história e do sabor dos produtos da família de Genecy poderão ser conhecidos na Agro Centro-Oeste Familiar 2012, de 13 a 16 de junho. Ela é uma dos doze expositores selecionados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para participar do evento, do qual o Instituto é parceiro da UFG.
Genecy diz que está ansiosa para chegar o dia da Agro Centro-Oeste, pois acredita que a feira será vitrine para sua produção, que está em ritmo acelerado na perspectiva de conseguir boa clientela no evento. “Vou dar o melhor de mim para produzir o melhor e mais gostoso produto”, relata.
Além dos doces, farinhas e leite, Genecy e o filho cultivam na parcela conquistada com a reforma agrária mandioca, banana, milho, além de manter criação de vacas, porcos e galinhas. Segundo Genecy, essa diversidade de produtos assegura subsistência familiar, incremento na renda e redução nos custos de manutenção da propriedade, já que o milho também é usado para fabricar ração para os animais.
Fonte: Ascom/Incra