Por Tiago Gebrim
Fotos: Carlos Siqueira e Tamara Fagury
Nazário está bem representada na Agro Centro-Oeste Familiar. Na tarde de ontem, dia 13 de junho, um conjunto de senhores, ao melhor estilo que pede a tradição, apresentou um concerto no palco do Centro de Cultura e Eventos, local onde ocorre a feira: era a Orquestra de Violeiros de Nazário.
Composta de onze homens, entre eles Edinho Ribeiro de Souza, solista da orquestra, o grupo é conhecido em sua cidade de origem, onde participa de festas e celebrações. De acordo com Seu Edinho, a orquestra já se apresentou no Centro de Convenções de Goiânia, além de rádios de Inhumas e Anicuns. O grupo foi formado há cerca de quatro anos, inicialmente com quinze homens. Entretanto, por falta de tempo para cumprir os compromissos da orquestra, acabaram abandonando-a. Seu Edinho explicou que todos eles trabalham, o que acaba por dificultar os encontros.
A Orquestra de Violeiros de Nazário veio à feira convidada por Iva Elias, que compõe, com Maria da Conceição Miranda e Maria Vilani, o trio de produtoras de um comentadíssimo produto da Agro Centro-Oeste e, pelo visto, já aprovado pelos transeuntes da feira. São as geleias de pimenta. Dezenas de potinhos, cada um com sua cor, estão espalhados pelas mesas. Em meio a eles, uma pimenta e outra complementam a decoração. Em cada potinho, um tipo diferente de geleia, mas sempre com pimenta. Misturados à matéria-prima estavam, por exemplo, abacaxi, cajá-manga, maracujá, entre outros. Além da geleia, o trio doceiro de Nazário ainda oferece o doce de pimenta, iguaria produzida com uma pimenta de ardência leve, a pimenta biquinho.
O grupo pertence à Associação de Produtores de Bom Sucesso, a Apro-Bom. Além de Maria da Conceição, Maria Vilani e Iva Elias, outras pessoas também compõem o estande da associação. De acordo com Maria Vilani, cinco associados vieram trazer seus produtos, entre gêneros alimentícios e artesanato. A Apro-Bom é formada por 21 pessoas, das quais nove são mulheres. Quando é dia de fazer as iguarias com pimenta, todo mundo ajuda. É o que conta Vilani: “Quando a gente faz o plantio, daí a gente usa a nossa pimenta. Colhe a nossa e, se não tem, pega de algum vizinho... Agora, quando não tem mesmo, daí compramos lá no Ceasa”. Para ela, hoje eles vivem um momento de prosperidade, visto que, há cerca de cinco anos, no início do projeto, havia muitas dificuldades, como a falta de água potável para a produção. Para quem quiser conferir o estande da Apro-Bom, além do doce e das geleias de pimenta, há também doces de mamão, banana e outras delícias.
Fonte: Ascom/UFG