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Cores, formas e movimento
Repleta de estandes multicoloridos e diversificados, Agro Centro-Oeste Familiar traz caravanas do interior com estudantes e agricultores

Por Tiago Gebrim
Fotos: Tamara Fagury

No primeiro dia da Agro Centro-Oeste Familiar, a casa estava cheia. Visitantes de vários municípios e assentamentos de Goiás, além do público goianiense, mesclavam-se com o colorido dos doces, das frutas, verduras, tapetes, bolsas e demais artesanatos. Em cidades como Urutaí, Iporá, Ceres, Rio Verde e Morrinhos, caravanas foram organizadas pelas unidades do Instituto Federal Goiano (IF Goiano), a fim de garantir a participação dos estudantes e dos próprios agricultores.

No ônibus de 45 lugares que veio da unidade de Ceres totalmente ocupado, estavam estudantes do primeiro, terceiro e quinto períodos de Agronomia, cujas vagas foram reservadas por sorteio. “Se a gente tivesse vindo com quatro ônibus, os quatro viriam cheios”, diz Márcio Romatiz, professor do instituto que acompanhou a viagem. Os estudantes, informa ele, praticam desde cedo o envolvimento com cooperativas, assentamentos e demais grupos rurais, logo, “tudo aqui já faz parte do cotidiano deles”. A unidade de Ceres deve expor na Agro Centro-Oeste na sexta-feira, quando serão mostradas pesquisas de iniciação científica do instituto, entre elas, a da casa de maracujá e a de batata doce biofortificada. Junto do professor Márcio Romatiz estava também Adélio Barbosa, atualmente acadêmico da UFG no curso de Engenharia Florestal, mas que há pouco tempo integrara o curso técnico em Agropecuária, da unidade de Ceres do IF Goiano.

Por falar em colorido, o estande da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF – GO) estava carregado de tapeçarias e doces, ambos ricos em cores e formatos. Mocinha branca, rapadura, gergelim, mandioca, tapetes, capas de almofada, bordados, trançados, colchas de retalhos: difícil nomear os múltiplos elementos que compunham a visualidade. Quem falou em nome do estande foi Joana Darc Alves Pereira Gomes, coordenadora das mulheres do FETRAF goiano. De acordo com ela, na feira há dez expositores, sendo a maioria formada por mulheres. Eles vieram de assentamentos de diversos municípios, entre eles, Fazenda Nova, Caiapônia, Jataí, Piranhas e Palestina.

Maria Gouveia da Silva é uma das mulheres a quem Darc se referiu. Moradora do assentamento Bom Prazer, em Fazenda Nova, ela veio à feira para expor seus tapetes, capas e sabões caseiros. Para ela, a parte mais importante da participação no evento é o estabelecimento de novos contatos e a troca de experiências. No próximo sábado, dia 16, os dez membros da FETRAF seguem para o Rio de Janeiro, onde irão integrar a Cúpula dos Povos na Rio +20.

Fonte: Ascom/UFG

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