Tiago Gebrim
Fotos: Wéber Félix
Passeando pela grande quantidade de estandes da Agro Centro-Oeste Familiar, é possível encontrar de tudo um pouco. Pinga, raízes, temperos, compotas de doces, capas de almofada, livros e até mesmo uma bancada inteira somente de produtos à base de pimenta. Somando-se a todos estes produtos estão os artesanatos trazidos pela Associação de Artesãos de Bela Vista de Goiás (Artebela).
Lídia Garcia, uma das artesãs que, junto a Maria Doralice e Givanildo Alves Chaves, veio representar a Artebela na feira de agricultura familiar, conta que eles participam de uma boa quantidade de eventos, mas há uma rotatividade dos associados: “Nem todos os produtos aqui eu ou eles que fizeram. Estes tapetes mesmo são de uma senhora, que é da associação também. Daí nós trazemos e vendemos os de todo mundo. Sempre é assim, às vezes venho eu, outras vezes vem o Givanildo, depois outros”. E são mesmo muitos produtos. Desde pulseiras, colares e brincos artesanais, com elementos como cristais e conchas, a tapetes, doces caseiros e artesanatos com fios de cobre.
Para Lídia, pode exibir seus produtos em um evento como a Agro Centro-Oeste é sempre interessante. “Eu trabalho na rua. Eu sou artesã, mas vivo como ambulante. Então eu trabalho na rua, em porta de banco, tenho que fugir dos fiscais, é assim. Aqui eu tenho um espaço, posso ficar tranquila, exibir tudo”. Quando questionada sobre os gastos, ela responde, certeira: “Aqui eu tenho pouquíssimos gastos. A prefeitura cede o carro para virmos, né, porque são muitas coisas, é difícil trazer de ônibus. Na feira, nós temos alojamento com alimentação, café da manhã, tudo. Então, mesmo que as vendas sejam poucas, tudo que tiramos é lucro”.
A Associação de Artesãos de Bela Vista de Goiás possui cerca de 20 a 25 associados, diz Maria Doralice. “Eu não tenho o número exato porque saíram alguns”, explica. Lídia continua: “Muitos que se associam são artesãos por hobby, geralmente filhos de fazendeiros. Então, o interesse é mais para passar o tempo. Não é o meu caso, não é o caso da maioria. Eu vivo disso, preciso desse trabalho”.
Fonte: Ascom/UFG