Por Daniela Rezende
Desde 2011, cerca de 120 mil alunos da Rede Municipal de Educação (RME), recebem em sua alimentação produtos da agricultura famíliar comprados de cooperativas goianas. O cardápio das 167 escolas, 115 centros municipais de educação infantil (Cmei) e 54 unidades conveniadas incluem dos pequenos produtores, alimentos como proteína de soja, mamão, polpa de abacaxi, mussarela e rapadurinha.
As unidades educacionais, obedecem à legislação que determina a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE) para alimentação escolar, na compra de produtos da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações (Lei 11.947/2009).
Os alimentos são adquiridos por meio de chamada pública, uma forma de licitação específica para a contratação de serviços da área rural. Diversas reuniões são realizadas desde 2010, no município de Goiânia, com o objetivo de garantir a efetivação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a consolidação do direito humano à alimentação adequada e à cidadania.
A secretária Neyde Aparecida ressalta que o esforço é grande no cumprimento das metas. “Desde 2010, é realizado um trabalho com os sindicatos para atender as necessidades das escolas. Em 2011, a demanda foi atendida e a aceitação dos produtos nas escolas foi grande. Neste ano, a proposta é que os agricultores forneçam outros alimentos”, declara.
De acordo com Noeme Diná Silva, diretora do Departamento da Alimentação Educacional (Dale) da Secretaria Municipal de Educação (SME), foram realizadas, em 2011, cinco chamadas públicas com o objetivo de atingir a meta dos 30%. “Em Goiânia a alimentação é modelo, caminhamos para a continuidade da implantação do Programa”, afirmou.
Cardápio – Nas instituições municipais de educação de Goiânia, o balanceamento da alimentação é feito por nutricionistas, de acordo com a modalidade de atendimento. Enquanto nos Cmei, as crianças recebem cinco refeições diárias, nas escolas de tempo integral, os educandos tem acesso a três refeições.
Para Nair Augusta de Araújo Almeida Gomes, nutricionista do Dale e integrante do Conselho de Alimentação Escolar da rede municipal, a utilização de produtos da agricultura familiar fortalece a luta e empenho de muitas pessoas. “Goiânia está à frente de uma série de capitais. É gratificante ver os alimentos da agricultura familiar sendo utilizados nas unidades educacionais por nossos educandos”, destaca.
Fonte: Assessoria de Comunicação/SME